My Tribute
Juro que não sei porque comecei ou porque continuei a ir lá, apesar de por vezes me lembrar quando lá estava sentado, que a nossa fase de Lua de Mel já tinha passado à História.
Ora, se pensar como deve ser, lembro-me de ter entrado timidamente à primeira e a segunda e mesmo à terceira vez, pois atravessar aquele corredor ao estilo dos desfiles de moda de Paris, não é, convenhamos, a coisa mais fácil de mundo.
Gostemos ou não, aquela entrada obrigava a tal acto, mas depois de se chegar ao poiso, quer fosse bem ao fundo, junto à mesa de snooker, ou cá mais à frente, bem junto à corrente de ar que acompanhava cada pessoa que entrava, as coisas já começavam a fazer mais sentido, pois já me voltava a lembrar qual a razão de eu voltar sempre lá, depois de aínda ter lá estado na noite anterior.
Raros foram os maus momentos que por lá passei, verdade seja dita, pois mais sumo de laranja, menos sumo de laranja (no início da carreira), mais malibu cola, menos malibu cola (no auge da carreira), mais fino, menos fino (nesta altura da carreira), lembro-me de ter estado com um sorriso nos lábios cerca de 91% do tempo que lá passei (e nem mais 1%!).
Aliás, os restantes 9% foram repartidos da seguinte maneira: a esfregar os olhos ardentes devido ao fumo que lá havia, a ir ao balcão buscar o Blitz ou o Público para ler, a ir ao balcão e pedir ao Capucho para me guardar o capacete da mota, a ir ao balcão e pedir ao King para tirar o Ney Matogrosso que o Capucho tinha posto a tocar, à espera na porta da casa de banho para que o gajo que lá tivesse dentro se despachasse, a ir à casa de banho das mulheres quando a noite já ia longa, o alcoól em grandes doses e quando o gajo da casa de banho dos homens nunca mais se despachava, ou simplesmente a pagar a conta.
Logicamente que com tudo isto olho para trás e vejo que o Jogral foi, ou melhor, é a minha segunda casa (já foi a primeira, em tempos de grande folia...) e que o Capucho comigo foi sempre (e friso bem a palavra sempre) cinco estrelas, aturando alguns momentos piores e outros muitíssimo bons, muito bons mesmo, mas que são todos eles, afinal de contas, as estórias da minha adolescência, a qual poderia quase definir numa só palavra: Jogral; e é por isto e muito mais que me custou ver o que se passou hoje, mas também tenho a certeza que ele se irá erguer das cinzas (literalmente) e reaparecer para ajudar a preencher um pouco mais as nossas vidas, quer se goste muito, quer se goste pouco... mas eu gosto e muito.
7 comentários:
Magnifico tributo a um bar onde se passou bastante tempo.
Um dia hei-de lá voltar.
Concordo contigo! Passámos lá todos grandes momentos, garndes bebedeiras! forma muito bons momentos! Já não vou lán desde Junho! Para completar o nosso belo jantar de sábado acho que deveriamos ir ao jogral, pelos velhos tempos!
Vai ser dificil Cátia,não sei se o Jogral vai estar aberto já nesse dia.
...Paris em toda a parte!!~
É triste!
Abraço e até Sábado! :)
Estou de rastos! Eu só soube hoje de tarde do infortúnio... acreditem estou triste! estou mesmo triste...:(
Para ti Ricardo - LINDO!!!
Para o Jogral - Só posso desejar qe renasça das cinzas!!!
Para a Cátia - podemos sempre passar à porta e prestar homenagem a todos os pequenos grandes momentos q lá passamos e que o Ricardo pintou tão bem!
Até sábado malta!!!
E muito bem! Espero que o JOGRAL reabra o mais rapidamente possivel. Nao por mim, mas por todos voces que tao habituados estao a la ir. Dia 24 la nos encontramos!
RicJo, fica bem. O que quer dizer ALERTA q.b.
Carlos Roque.
OVER AND OUT.
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