Aqui Jaz um Blog
Matar um blog. Parece que está na moda. Ou então parece a gripe das aves. Aos poucos e poucos vai-se espalhando pelo mundo da blogosfera. Primeiro ali. Depois acolá. E porquê?
Isto dos blogs começa-se devagarinho. É como a música do Ben Harper, por exemplo. Não ouvimos ou vemos publicidade nenhuma sobre os seus discos nos meios de comunicação social. Conhecemo-lo sim através daquele nosso amigo que tinha um cd dele. E ele curtia-o bué. Curtiu tanto que nos deu a experimentar. Nós também gostamos. E também queremos um para nós. Então gravamos o cd. Ou melhor ainda, compramo-lo. E assim passamos a ter um só para nós. O mesmo se passa com os blogs. Há sempre um amigo nosso que tem um. Nós vamos até lá, lemos, e das três uma: ou não curtimos e nunca mais lhes pomos os olhos em cima; ou curtimos tanto que também queremos fazer um; ou curtimos, mas não o suficiente para ter um e então vamos apenas passando por lá.
Vou-me apenas cingir àqueles que gostam tanto que também querem ter um só para eles. O que acontece? O que acontece é que lá se inscrevem no blogger (ou outro compatível). Arranjam um nick e um nome para o blog. O mais original possível. Depois fazem um primeiro post, a explicar o porquê de terem um blog. E assim, vão começando, devagarinho, ganhando balanço à medida que os posts vão sendo escritos. Começa-se a ter uma determinada tendência de posts, como que uma linha editorial personalizada do próprio blog. E quando os posts já saem em velocidade cruzeiro, começam-se a preocupar com o lado estético do blog. As cores, os links, o título, o contador de visitas, o template utilizado, etc. E aí começa a descoberta do html, indo pelos outros blogs à procura de ideias, carregando então com a tecla direita do rato em cima do blog, indo à opção “Ver código fonte” e tentando descobrir a linha de comando que corresponde à tal característica que curtem. Depois é tentar aplicá-lo no seu próprio modelo, publicando e vendo as consequentes alterações efectuadas. E que mimo que é quando as coisas saem bem. Mesmo como desejado. E quando se é elogiado, melhor ainda. Por esta altura os posts já saem de uma forma tão natural, tal como a urina do seu organismo. É sempre a postar. As visitas vão aumentando proporcionalmente aos posts publicado. E depois vão-se descobrindo blogs aqui e acolá que têm como link o seu próprio blog. É uma verdadeira satisfação. E quando se chega ao blog e vê-se a última publicação cheio de comentários… é o verdadeiro prazer. Um blogger vive para os comentários! O entusiasmo está no seu nível máximo e parece que se consegue sempre arranjar um tempinho para postar.
Depois é sempre a descer. Nunca mais o blogging dará tanto prazer como nesta fase. É então neste momento, quando as ideias para os posts vão sendo escassas, quando as visitas diminuem um pouco, fruto do efeito de novidade se ter desvanecido, e quando é preciso ter-se um pouco mais de imaginação para continuar a captar os leitores é que a vontade desaparece. E aí, a coisa mais fácil de se fazer é um simples post dizendo: The End, ou então, Fechado. E assim morre o blog.
É óbvio que poderão haver outras razões que não estas que levam as pessoas a matarem o seu blog. Mas quando a razão é aquela que acabei de descrever, creio ser de uma certa fraqueza. Não é fácil, de facto, arranjar inspiração e tempo para manter um blog actualizado. E basta estar uma série de dias sem actualizá-lo para que os clientes do costume deixem de passar pelo nosso tasco. E quando isso acontece, recuperá-los também não é fácil.
É desanimador quando se escreve algo com tanto esforço e se depara com zero comentários. E muito facilmente isso leva à desistência das pessoas. Mas há que ser mais forte. Tal como temos dias bons e menos bons, também nos blogs há posts bons e menos bons. É natural e acontece com todos os blogs. Mas não se deixem levar por momentos menos bons. Se têm verdadeiro prazer a bloggar, vale a pena continuar a fazê-lo. Mesmo que seja apenas para vocês próprios.
Não se deixem apanhar pela tendência. Não matem os vossos blogs.
Isto dos blogs começa-se devagarinho. É como a música do Ben Harper, por exemplo. Não ouvimos ou vemos publicidade nenhuma sobre os seus discos nos meios de comunicação social. Conhecemo-lo sim através daquele nosso amigo que tinha um cd dele. E ele curtia-o bué. Curtiu tanto que nos deu a experimentar. Nós também gostamos. E também queremos um para nós. Então gravamos o cd. Ou melhor ainda, compramo-lo. E assim passamos a ter um só para nós. O mesmo se passa com os blogs. Há sempre um amigo nosso que tem um. Nós vamos até lá, lemos, e das três uma: ou não curtimos e nunca mais lhes pomos os olhos em cima; ou curtimos tanto que também queremos fazer um; ou curtimos, mas não o suficiente para ter um e então vamos apenas passando por lá.
Vou-me apenas cingir àqueles que gostam tanto que também querem ter um só para eles. O que acontece? O que acontece é que lá se inscrevem no blogger (ou outro compatível). Arranjam um nick e um nome para o blog. O mais original possível. Depois fazem um primeiro post, a explicar o porquê de terem um blog. E assim, vão começando, devagarinho, ganhando balanço à medida que os posts vão sendo escritos. Começa-se a ter uma determinada tendência de posts, como que uma linha editorial personalizada do próprio blog. E quando os posts já saem em velocidade cruzeiro, começam-se a preocupar com o lado estético do blog. As cores, os links, o título, o contador de visitas, o template utilizado, etc. E aí começa a descoberta do html, indo pelos outros blogs à procura de ideias, carregando então com a tecla direita do rato em cima do blog, indo à opção “Ver código fonte” e tentando descobrir a linha de comando que corresponde à tal característica que curtem. Depois é tentar aplicá-lo no seu próprio modelo, publicando e vendo as consequentes alterações efectuadas. E que mimo que é quando as coisas saem bem. Mesmo como desejado. E quando se é elogiado, melhor ainda. Por esta altura os posts já saem de uma forma tão natural, tal como a urina do seu organismo. É sempre a postar. As visitas vão aumentando proporcionalmente aos posts publicado. E depois vão-se descobrindo blogs aqui e acolá que têm como link o seu próprio blog. É uma verdadeira satisfação. E quando se chega ao blog e vê-se a última publicação cheio de comentários… é o verdadeiro prazer. Um blogger vive para os comentários! O entusiasmo está no seu nível máximo e parece que se consegue sempre arranjar um tempinho para postar.
Depois é sempre a descer. Nunca mais o blogging dará tanto prazer como nesta fase. É então neste momento, quando as ideias para os posts vão sendo escassas, quando as visitas diminuem um pouco, fruto do efeito de novidade se ter desvanecido, e quando é preciso ter-se um pouco mais de imaginação para continuar a captar os leitores é que a vontade desaparece. E aí, a coisa mais fácil de se fazer é um simples post dizendo: The End, ou então, Fechado. E assim morre o blog.
É óbvio que poderão haver outras razões que não estas que levam as pessoas a matarem o seu blog. Mas quando a razão é aquela que acabei de descrever, creio ser de uma certa fraqueza. Não é fácil, de facto, arranjar inspiração e tempo para manter um blog actualizado. E basta estar uma série de dias sem actualizá-lo para que os clientes do costume deixem de passar pelo nosso tasco. E quando isso acontece, recuperá-los também não é fácil.
É desanimador quando se escreve algo com tanto esforço e se depara com zero comentários. E muito facilmente isso leva à desistência das pessoas. Mas há que ser mais forte. Tal como temos dias bons e menos bons, também nos blogs há posts bons e menos bons. É natural e acontece com todos os blogs. Mas não se deixem levar por momentos menos bons. Se têm verdadeiro prazer a bloggar, vale a pena continuar a fazê-lo. Mesmo que seja apenas para vocês próprios.
Não se deixem apanhar pela tendência. Não matem os vossos blogs.
4 comentários:
Tem toda a razão, Ric Jo...
Tantas vezes tenho estado tentado a matar o OUREM (Aliás, já o fiz uma vez, mas ressuscitei-o ao fim de uns dias...) e não tenho coragem, apesar de não surgir qualquer comentário, qualquer apoio.
E a falta de inspiração, como diz, é cruel...
Mas aqui o Malibu é uma verdadeira lição.
Parabéns e continue por muito tempo
Obrigado pelas suas palavras. Luís, o seu caso, assim como o d'O Castelo são muito especiais, pois fazem parte da "espinha dorsal" dos blogs oureenses e a prová-lo está o facto de ambos terem já ressuscitado das cinzas. Seriam baixas demasiado grandes, arrastando inclusivamente outros blogs pelo mesmo caminho, desconfio. E no que concerne a blogs up-to-date, o Ourém é um óptimo exemplo. E que assim continue por muito tempo, com ou sem comentários! Um abraço para si.
Um blog é como um tamagochi... LOL
É como um animal de estimação, se não lhe dermos de comer... morre!
Alimentem os vossos blogs, nem que a comida seja de má qualidade, como é o meu caso... o que importa é comer! lol
É verdade, Ric...Como sabes não tenho nenhum blog e só descobri ou me interessei por este mundo à bem pouco tempo... Terá sido por alguém me ter influenciado?!?!? :)
Mas quero desde já dar-te os parabêns pelo teu blog, por me fazer lembrar que todos os dias, num momento de puro relax e meu, posso ler as palavras de um amigo que admiro!
Beijinhos grandes e nunca "mates" o Malibucola... Queremos ser servidos muito mais vezes!!!
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