terça-feira, maio 23

Luta de gladiadores moderna

"Ricardo Costa, a partir de hoje você é o rosto da vergonha que é o jornalismo Português!" - M. Mª. Carrilho

Ele bem dizia que seria uma luta de Gladiadores...

8 comentários:

Anónimo disse...

Bem, aquilo foi... terrível!
Eu vejo as coisas de duas maneiras:
1 - Por um lado, existe inequivocamente uma intenção do autor desta frase em obter protagonismo e, assim, passar a estar novamente na ordem do dia. A isto, chama-se política.
2 - Por outro lado, existe, de facto, necessidade de se lançar um debate sobre o tipo de jornalismo que se faz em Portugal. Porque temos 7/8 jornais diários "generalistas", 1/2 pasquins sensacionalistas (ó grande 24 horas, porque foste tu aparecer quando ninguém clamava por ti?...), 3 jornais diários desportivos (a Alemanha, que é a Alemanha parece que só tem 1...), um sem número de revistas cor-de-rosa e outras de conteúdos pobres e tristes, e, ainda, 4 canais de televisão em sinal aberto (que são todos "fotocópias" fiéis uns dos outros - excepção à resistente 2:). Sem falar na imprensa de periodicidade semanal...
Isto é matemático. Para se compreender o debate de ontem temos de somar dois elementos:A mentalidade dos portugueses (ou seja, as características idiossincráticas de um povo mais dado à religião e à bruxaria do que ao concreto, ao factual) + a evolução que o país sentiu nos últimos 30 anos (em que entramos demasiado depressa na liberdade; em que nossos intelectuais chamam a si o direito de comentar indiscriminadamente, de sugerir, de desfazer em palavras e actos os actos dos outros)= sociedade dividida e descontrolada.
Assim, temos:
1- Os comentadores e os políticos que são uma espécie de "Técnicos de Ideias Gerais", ou se se preferir, "Técnicos de sugestão e manobra";
2- Um povo descontrolado perante a oportunidade de consumir tudo o que lhe vem ás mãos, aos olhos e aos ouvidos. Vítima da globalização mas, sem dúvida nenhuma (repito, sem dúvida nenhuma), vítima da sua própria ignorância e da sua vontade permanente em hostentá-la na praça pública como forma de se distinguir do próximo.
Coitado do País que não trata do seu povo!
A Inglaterra que tem uma liberdade de imprensa secular (e de onde nós herdamos a técnica) brinca internamente com a vida de uns e de outros, mas os assuntos de interesse nacional são debatidos como sendo de interesse nacional. Com firmeza, com rigor e com união.

Um pequeno apontamento final: Não desfazendo os restantes elementos do painel de ontem, o P. Pereira é de facto um grande senhor da nossa praça. Em 10 minutos desconstruiu o livro do Carrilho (outro grande nome, mas não na política) e cada vez que interveio demonstrou a acutilância do seu discurso. Estava destinado, desde o início do programa, a moralizar o debate e a demonstrar que os portugueses podem ter fé nos seus "intelectuais". Ele sim. É um verdadeiro intelectual.
Por isso, cá vai: Checo, um grande abraço!

Anónimo disse...

Olha quem ele é... é o Abellll!
O gajo que não se dignou a responder-me quando eu encerrei aquela polémica(deste uma luta do caraças, há que reconhecê-lo)de forma amistosa, elogiando-o.
É pá, até enviei cumprimentos por intermédio do nosso grande amigo comum Ricardo, mas... nada, nem um postal mano. Fico chateado, concerteza que fico chateado...
Ó meu!
Dizes que não gostas de política, mas aqui estás tu a fazer...POLÍTICA mais uma vez.
Metes sempre uma "colherada" nas polémicas, ávido de crítica corrosivo/filosófica.
Política é um conjunto de ideias, meios ou acções que visam o efectivo bem comum.
Política é o nosso dia a dia nas relações dos homens que a natureza criou livres de acção e pensamento (e tu és um tipo culto, sabes perfeitamente disto).
A política é "boa como o milho", os chulos que andam à sua volta é que estragam a sua beleza e essência.
Não te deixes corromper pela crítica fácil e vulgar em que todos caimos, porque é mais fácil criticar do que ajudar, e a nossa obrigação moral é precisamente ajudar.Mas é evidente que devemos criticar quando for necessário, essa é a nossa natureza e a de um estado de direito democrático.
Abel!
A tua escrita é excelente, profunda e muito pertinente, pendes para a direita, mas pronto... é uma imposição elementar eu ter que te respeitar.
Tenta ser menos agressivo(também é necessário às vezes),mais prático e imparcial.
A política está moribunda, não a ponhas mais. Esse tipo de artigo ou opinião não contribui decisivamente em nada, a não ser para desabafar um pouco, e está no teu direito fazê-lo.
Ah! não metas a igreja ao barulho, porque coitadinha da igreja, o seu poder foi "chão que deu uvas". E eu sou católico com muita fé e caridade diária, não me considerando menos evoluido por causa disso.
Tem que partir de nós jovens com sangue na guelra a iniciativa de credibilizar a política. Como?
Olha! Começando por não ferir susceptibilidades, seria um bom princípio...
Ah! Quanto ao Carrilho: tem uma mulher muito BOOOOOOOOOOOA...
Quanto ao resto é ... SHOW OF e está fodido completamente por ter perdido a cãmara de Lisboa, deixa lá o coitado deitar cá para fora a frustação.
Grande abraço
Nuno Pereira

Ric Jo disse...

Eh pah... mas eu quando é que vos posso juntar à mesa, numa conversa bem loooonga, regada com cerveja, boa disposição e muita amizade? Tou mesmo a ser sincero... abel, arrnja um fds para ires até Ourém, onde terei o prazer de te apresentar o Yuran. Pensem bem nisto.

Agradeço desde já o debate com que vocês geralmente enriquecem este tasco e deixo-vos o espaço para prolongarem o debate, caso esse seja o vosso desejo. Como sei que não tenho traquejo para o vosso nível, enconsto-me na cadeira e aguardo com expectativa as vossas palavras!

Um grande abraço aos dois.

PS: ao vivo, numa mesa e com umas cervejinhas, sinto-me em melhores condições para debater este assunto convosco :)

Paulo Vaz Henriques disse...

Neste debate só consegui chegar a uma conclusão e a uma dúvida! A conclusão foi que ali se lavou muita roupa suja. A dúvida é saber se algum dos intervenientes estaria ali a falar verdade? Outras considerações acerca deste debate remeto para uma jantarada!!! lol!

Anónimo disse...

Meu caro Nuno Pereira,
eu nunca disse que não gostava de política! Em tempos, quando me referi aos nossos políticos, que estão no governo e no parlamento, disse que quem não consegue sobressair na sua profissão segue para a política... Parece-me que foi qualquer coisa como isto! Depois, é só olhar para o Carrilho: Achas que se ele não fosse político alguém conhecia o homem? Achas que existem em Portugal assim tantas pessoas interessadas em Filosofia? Infelizmente, eu acho que não... Até tava a ver a legenda de uma fotografia da Caras: «Bárbara Guimarães elegantérrima e o seu marido, um notável filósofo português defensor das ideias expressas por Nietszche no "Ecce Homo"»...
Depois, em relação ao facto de não te ter respondido... bem... é só ir aos "malibus servidos" de Ricjo e penso que deve estar lá uma conversa bem animada e com os devidos "até jás" ; ) Porque eu já sabia que haviamos de nos encontrar novamente por aqui!
Política? Gosto muito! Da sua essência e do sua função! Detesto, abomino os políticos que andam neste mundo cruel a ver se se safam de qualquer coisa e a trabalhar em proveito próprio. Qualquer um deles! Queres um exemplo? O sr. Silva, deputado pelo maior partido da direita, cacique numa zona perto de Aveiro, que mexeu os cordelinhos para ir para o Parlamento e assim obter imunidade num processo de lavagem de...
Crítica fácil? Não penso. Disse no post que achava (e acho) o debate necessário. E ainda bem que aparece pela pena de um intelectual como Carrilho. Deus nos livre se fosse uma cena à moda do 24 horas!!!!
Agressividade? Não! Pragmático, directo e verdadeiro (na minha óptica). Isso, sim.
Ferir susceptibilidades? Peço desculpa se disse algo que possa, eventualmente, ter ferido a tua susceptibilidade. Mas, fui sincero. Tal como és sincero quando dizes que eu caio na crítica fácil. Levo a mal? Não! Agradeço porque para a próxima presto atenção se os meus comentários ou pensamentos não serão pura "gelatina política" no seio de um grupo de amigos.
Mas, faço-te uma proposta: assumimos que somos de campos políticos diferentes e não ofendemos o próximo. Mas debatemos as questões com uma rigorosa noção da realidade.
Por isso,
Mandamento 1: Não endeusamos os políticos dos nossos partidos.
Mandamento 2: Respeitaremos os políticos como um homem qualquer. Com todas as virtudes e com todos os defeitos como o Zé dos Plásticos.
Mandamento 3: Temos de ter a noção de que a crise é para todos (políticos incluido) e cada qual luta por si (é isso que eles ensinam).
Mandamento 4: Tenhamos a ideia de que a vida é fodida. Que não é possível irmos para um alto cargo político e mantermos a uma postura imaculada (tu sabes que é verdade).

Para terminar, um dia destes temos de combinar umas cervejas e conversarmos sobre estes temas.
Esmago a tua base ideológica! loooooooooool
Tou a brincar!
Já ouço falar de ti há muitos muitos muitos anos. Praticamente desde o primeiro dia que conheci o Ricjo.
E ainda mais: o nosso Benfica? Ainda tou a ver se consigo digerir o F. Santos, porque "santos da casa não fazem milagres"...
A ver vamos!
Um abraço e até já!

Anónimo disse...

Mais palavras para quê !
Está tudo dito.
És um indivíduo com honra e acabaste de me "esmagar". Mas ser "esmagado" por ti é um prazer.
Temos de nos encontrar um dia. Grande abraço. Nuno Pereira

Anónimo disse...

dou só aki um saltinho para um breve comentário:

O que se faz para manter a cabeça erguida...
E o que se faz para, finalmente, erguer a cabeça (Rangel)...
E, por ventura, tem ele algo "tão concreto e definido" naquela cabeça? (P. Pereira)
Cabeça de "ouro", pés de barro... (Carrilho)
Aspirante a cabeça de cartaz da revista à portuguesa, ou no caso, do repórter sob a mesa. (RicCosta)
COLAPSO

Ric Jo disse...

Volto a dizer, este tema à volta de uma mesa com umas cervejinhas seria um mimo... E eu arranjaria aqui um belo grupo de debate, desde de Comunistas, Scialistas, Sociais Democratas, Esquerditas, Neutros... Falta-me alguem da extrema direita, e refiro-me ao CDS... lol

Vamos lá passar isto de comentários num blog para comentários num jantar ou lanche... Tenho tanto que queria dizer, e aqui não é fácil esplanar todas as nossas ideias, se bem que o Yuran e o Abel o tenham feito de uma forma fantástica...