quinta-feira, novembro 16

Investimento na Cultura

Se é que era preciso mais uma razão do que as muitas que já existem para que se invista na Cultura, ela aí está.

De acordo com este artigo do Público, "a cultura contribui mais para a economia dos 25 do que os automóveis" e que, relativamente a Portugal, "este sector contribuiu para 1,4 por cento do PIB em 2003, ou seja, foi o terceiro contribuinte". (...) "Isto significa que a cultura - aqui entendida num sentido lato (ver caixa) - é o terceiro principal contribuinte para o PIB português (dados de 2003), logo a seguir aos produtos alimentares e bebidas, e aos têxteis (1,9% cada)".

Para mais, a cultura serve, em alguns casos, como a salvação de uma cidade ou de uma região, como é o caso de Bilbau e o País Basco: "Damos como exemplo o Museu Guggenheim de Bilbau: a cidade estava em declínio económico e salvou-se por causa do museu".

Ora bem, de economia percebo pouco. Mas sou um cidadão que gosta e exige cultura. E sou também um dos cidadãos que pertence à maioria que não vive em Lisboa e que, portanto, muitas vezes se vê relegado para segundo plano no que aos acontecimentos culturais diz respeito. Relativamente à cidade de Braga, a reabertura do Theatro Circo (após sete anos de obras e muito buraco orçamental) veio suprimir um pouco a falta de cultura existente na cidade, se bem que mais e melhor é sempre possível, claro.

Com isto quero dizer que, na minha opinião a cultura por si só já é razão mais que suficiente para investimento dos dinheiros públicos. Agora que um relatório comprova que ela também é um grande dinamizador económico e que até se pode lucrar economicamente com ela, que mais é preciso para que as autarquias invistam finalmente na cultura?

Recomendo a leitura dos restantes artigos, aqui.

1 comentário:

tiagogoncalves disse...

Numa coisa dou razão ao Alberto João da Madeira. Este pais vive num sistema de centralismo de Lisboa, que é descabido em todas as áreas.
Na cultura também se passa o mesmo.
Chega a ser ridículo a polarização da cultura no país. A começar pelo ministério da cultura que devia de ser no Porto. Mas não é preciso ir por ai. Só por exemplo, porque é que não existe uma política de "mobilidade" para os principais museus do país...
Como é que pretendem ter um Portugal que não seja uma linha litoral mas sim um rectângulo? Qual é a estratégia para isso? Que papel tem a cultura nessa estratégia? ah ok, pois... não há estratégia...
heit

Não era para ser tão alongado, dsc lá o desabafo…


Fica bem,