
A imagem de uma boneca fechada dentro da sua caixa e colocada em cima de um armário é uma das imagens mais recorrentes que tenho relativamente às minhas férias de verão de infância, passadas em Portugal. Era algo que via nos quartos de todas as minha primas e algo que eu não conseguia compreender... lol. Qual era a lógica de se oferecer uma boneca a uma criança, se depois ela não podia brincar com ela?! Porque raio se procedia de tal forma?! Até hoje, nunca consegui compreender. Mas à medida que fui crescendo, fui reparando que a sociedade Portuguesa tem esta tendência de não utilizar certos objectos que tenham adquirido, preferindo não lhes dar uso, ao invés de usufruir deles. No caso dos adultos, este S
índrome da Boneca na Caixa toma variadíssimas formas: a cozinha e/ou sala de jantar imaculada, nunca utilizada; o automóvel que só sai da garagem ao Domingo, entre outros. O que me leva a crer que este síndrome vai passando de geração em geração, da infância à idade adulta. Talvez seja por isso que alguns Estádio novinhos em folha do Euro 2004 estão constantemente vazios ou mesmo sem realização de jogos de futebol, como o caso do Estádio do Algarve, por exemplo. A culpa é concerteza do
Síndrome da Boneca na Caixa.
2 comentários:
bom texto.
Acho que acima de tudo se trata de um acto de vaidade bem Portuguesa. Uma casa sem uma sala que nunca foi usada, não é portuguesa!
Só não estou de acordo com os carros. Na garagem não se vê o carro bom. e português que é português vai sempre de alta cilindrada para o trabalho, nem que vá para uma obra de BM ou Mercedes...
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