terça-feira, setembro 25

Apóstrofo's

Irrita-me o abuso indevido de apóstrofes que actualmente acontece no nosso país, nomeadamente no nome das milhentas pequenas ou médias empresas (e não só) que existem por aí. Dado o processo de globalização que o nosso mundo sofre, tornam-se cada vez mais frequente os estrangeirismos empregues na nossa língua. Pessoalmente, não tenho nada contra. Quando feitos correctamente. Mas isso é algo que em Portugal raramente acontece.

Um exemplo crasso de estrangeirismos mal feitos é a utilização indevida do apóstrofo no que se refere ao plural de muitas palavras, sejam elas estrangeiras ou nacionais. Um exemplo:

Grelhado's de Braga

Ora, das duas uma: ou o dono do respectivo estabelecimento comercial se chama Grelhado e é possuidor de uma Braga e o erro ortográfico está apenas na existência da palavra de (tom irónico, para quem não percebeu) ou então é mais um dos milhares que usam e abusam dos apóstrofos, pensando, porventura, que este singelo sinal gráfico dá uma imagem de modernidade à empresa.

Qualquer tipo de palavra no plural nunca deverá conter um apóstrofo para denotar tal condição.

Num país que se quer virado para a globalização, onde se começa a aprender inglês no ensino básico e onde se exige tanto a nível de nomenclaturas de empresas aquando da realização do processo Empresa na Hora (existe uma lista com os nomes permitidos), mais parece que a maioria tirou um curso de inglês técnico na Independente. Nem mesmo só para Inglês ver.

(picuinhisses, eu sei!)

- Regras da utilização do apóstrofo (Apostrophe Protection Society)

- Apóstrofo: Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

4 comentários:

Anónimo disse...

O proprietário do estabelecimento chama-se Johnny Grelhado. E nasceu na Christmas Island, em 1939. Veio em meados da década de 50 para Portugal, mais precisamente para Braga, onde teve numerosa prole. Todos eles Grelhado's. Apercebeu-se então que com o seu apelido dava para fazer mais qualquer coisa. Daí ao restaurante foi um passo.

Ric Jo disse...

Lol... Bela teoria. Qualquer dia temos então que dissecar melhor a origem do nome desse grande estabelecimento comercial que é o Berlay.

Anónimo disse...

Essa é fácil.
Em 1968, um jovem casal contrabandista passou a fronteira ali para os lados de Vilar Formoso.
Vinha de França, onde tinham vivido os tempos quentes do mês de Maio, envolvidos nas manifestações quentes contra o governo, mas sem se esquecerem de consumir pot e seus derivados e ouviam os grupos de rock mais progressistas do tempo (o Zxxa e o Gxxxcia ficaram com umas cassetes que eu adorava ter...)
Mal puseram o chulé em Portugal, o gajo disse: Je suis trés fatigué! Je voudrez something else! And you?
E a gaja disse (em francês): Vramos abrrir umra cerrena parra ganharre goiteeee [Oh, Skoda, onde estás tu?...]. Olhrraq prrode serr um merrcadrrinho. Que achas!
E diz o gajo: Pode. Mas pra isso E vamos deixar de dar umas berleitadas e andar nús!
E ela: Srim! É prreciso! Vramos ser Whitney(ness) Houston de Jeo!
E ele: Boa! Eu quer chamar-me Wanderley! E tu?
Ela: Laytada, não pode ser! Por isso, só pode ser Laydinha...
Do grande amor vivido em Portugal, nasceram (salvo erro) dois rapazes e uma rapariga que vieram ao mundo já armados de biblia na mão e dispostos a fazer aumentar os preços do frango e das hamburgueres para mal dos estudantes da UM!

Sniper disse...

hehehehe...Muito bom! I'm back Ric!