quinta-feira, outubro 18

Último crédito, meus senhores

Os restantes créditos que a UE nos disponibilizou já lá vão. Este será previsivelmente o último. Já sabemos como, em teoria, irão ser utilizados os últimos mil milhões. Resta ver como será na prática. É que quando se fala em investir na qualificação dos Portugueses, só me vem à cabeça os investimentos muito produtivos feitos nos Jovens Agricultores, na década de 90. Espero que tenham aprendido a lição. Game on.

4 comentários:

Sniper disse...

Temo é que se cometa o mesmo erro dos anteriores. O problema dos anteriores é que não houve fiscalização suficiente da real implementação dos financiamentos. Desde financiamentos agro-ambientais a servir para pagar compras de terrenos e plantações comuns, construções de sistemas de tratamentos de águas residuais industriais que só funcionaram até final do tempo de vida do projecto de financiamento e construção de grandes palacetes em zona rural sob a desculpa de ser para efeitos de turismo rural, houve de tudo!! Para não falar no facto de a ponte "de luxo" Vasco de Gama ter sido financiada por este meio. Agora no novo QREN, parece que o TGV e novo aeroporto tb vão sugar algum destes 21 mil milhões de euros. Falo neste tipo de projectos porque sabe-se que grandes projectos nacionais não seriam, à partida, elegíveis para financiamento pelo FEDER e Fundo de Coesão. Espero é que haja mais fiscalização e, já agora, mais projectos de protecção e valorização da natureza, recursos naturais bem como beneficiação e ordenamento do território...temos de puxar a brasa à nossa sardinha! ;-)

Anónimo disse...

Concordo com o Sniper.
Mas, infelizmente o dinheiro vai ser investido na modernização dos mecanismos desta mafia que circula nesta Sicilia dos pequeninos.
Logo, o betão está na linha da frente (sim porque a classe "betónica" usufruindo da posição social consolidada já começa a investir noutras areas), os bancos (os grandes amigos que sugam a malta até ao tutano - vocês sabiam que 57 % dos activos dos bancos portugueses provêm do crédito à habitação e ao consumo? Isto é vergonhoso. Saõ uns gosmas. Parasitas que vivem das necessidades básicas das pessoas), e uma vasta série de caramelos que inevitavelmente tiveram, têm ou terão ligações à política.
É o eterno devir.
Entretanto, o povo assiste impávido e sereno a tudo isto, demite-se dos seus direitos e deveres. Não quer problemas, só pensa em descansar no sofazinho aver telenovelas e o resto da tralha e.. não pensa!
Não pensa que o mercado capitalista tem vida própria! E que para poder interferir no rumo desbragado desta entidade virtual,a única hipótese é saber intervir junto da classe política, junto dos governantes pondo na rua quem não merece e que só pensa em sacrificar o povinho e dando hipótese a quem tem um projecto concreto.

One question: Vocês imaginam a quantidade de pessoas ligadas à política(só no pós-25 de Abril) têm direito a reforma vitalícia em troca de uns míseros 4 ou 8 anos de "luta política"? Contem a partir do vértice superior da pirâmide: 4 presidentes da República, dos quais um no activo (com todas as mordomias), ministros e secretários de Estado; directores gerais etc de mais de 15 governos; deputados e acessores desses mesmos governos; presidentes de câm,ra e de junats de freguesias; vereadores, membros da assembleir«a mnicipal e da de freguesia, etc. etc. etc.

NÃO HÁ DINHEIRO? Que pariu esta bosta!

Há dinheiro e muito dinheiro. É tudo uma questão de prioridades.
Qualquer sociedade capitalista leva a uma oligarquia. É inevitável mas não irreversível.

Ric Jo disse...

Bem, depois de dois comentários deste nível, nem me atrevo a acrescentar ou contrariar nenhum. Acho que ambos têm a sua razão (Pandinha, tomaremos nós que o Ambiente venha um dia a ser a prioridade do país e do mundo. Profissionalmente só teríamos a ganhar... Eh eh eh.)

O lucro desmesurado dos bancos é algo que sempre me fez muita confusão. E quais máquinas devoradoras, estão sempre em busca de mais lucro e menos impostos a pagar. Puta que os pariu. Mesmo.

Quanto ao mamar dos políticos, penso que é um mal que criou raízes na classe política nacional e como só eles é que podem alterar isso, duvido que alguma vez seja feita. Se bem que, a bono da verdade, o PS tomou algumas iniciativas nessse sentido. O big boss da máquina fiscal não ficou no lugar devido a uma nova lei de tecto salarial, por exemplo. Mas muito mais haveria/há a fazer. Não se compreende as regalias financeiras e jurídicas que um deputado obtém, apenas por ter sentado o rabo numa cadeira da assembleia da república. Gostaria de saber, no caso do BE, em que os deputados são rotativos e temporários, se cada um que por lá passa fica automaticamente com direito à reforma destinada aos "nossos representantes", por exemplo. E depois há o caso das mudanças administrativas nas empresas públicas, que mudam de cada vez que o governo muda, saindo milhões de euros dos contribuintes para indemnizações escandalosas...

Eit! Haveria tanto por dizer!

Anónimo disse...

Para quem não sabe, o líder do Berloque de Esquerda é... coleccionador de arte!