quarta-feira, outubro 17

A magia da rádio

Uma das (muitas) magias que a rádio tem, é a de apenas conseguirmos ouvir a voz daquele ou daquela que está do lado de lá, dando desta forma, asas à nossa imaginação. Podemos desenhar uma cara para aquela voz, da mesma forma como podemos desenhar uma paisagem de uma descrição de um acontecimento de um livro, por exemplo. Fica tudo ao critério da nossa imaginação.

Mas é sempre revelador, quando da voz passamos também à imagem. E a última experiência que tive foi com a Ana Mesquita, uma das vozes (em conjunto com o Prof. Júlio Machado Vaz) do programa O Amor é, na Antena 1. Dezenas e dezenas de vezes ouvi a senhora a dissertar acerca da sexualidade. E baseado na sua expressão de voz e, de certo modo, nas características da personalidade que ela foi deixando transparecer, fui construindo uma imagem na minha cabeça da dita senhora.

Acontece que há cerca de duas semanas, enquanto esperava que acabasse o intervalo do Jay Leno ou do Todos Gostam do Raymond, na SIC Mulher, dei de frente com a apresentação de um programa novo na grelha daquele canal intitulado Serralves Fora d'Horas, precisamente apresentado pelos dois radiofonistas d'O Amor é, da Antena 1. Basicamente, fiquei surpreso quando pude associar pela primeira vez uma cara à voz da dita senhora. A conclusão a que cheguei é que não devo ter muito jeito para a coisa, visto que a realidade saiu-me totalmente ao contrário daquilo que eu tinha desenhado na minha mente.

A ideia aqui não é vangloriar a (boa ou má) aparência da senhora, mas antes vangloriar a magia que a Rádio tem e que provoca situações como a que descrevi, por exemplo. De entre os três meios de comunicação tradicionais, é sem dúvida aquele que mais me apaixona.

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