quinta-feira, outubro 25

O Mundo sem nós

Ora aí está um livro que me despertou bastante a atenção e que tenho de orientar para ler. O Mundo sem nós é uma perspectiva futurista que desperta grande curiosidade, pelo menos da minha parte, de como poderá ser (será?) o Planeta Terra sem nós seres Humanos, e como a Natureza toma conta das rédeas a caminho do reequilíbrio natural que ocorre sempre que não hajam influências externas. Dos poucos excertos que li, soou-me bastante realista. Claro que haverá sempre quem discorde e que coloque este tipo de literatura no saco do alarmismo desacerbado do aquecimento global. Seja como for, vale a pena passar os olhos pela entrevista dada pelo autor, Alan Weisman, ao Expresso.

3 comentários:

tiagogoncalves disse...

Acho que já dei por mim algumas vezes a pensar nisso. é interessante imaginar todo o processo de reconquista do território pela natureza... não sei se o livro se foca mais no processo em geral ou se foca também alguns pormenores que poderiam ser interessantes...
vêem-me à memória aquelas imagens subaquáticas dos navios cheios de corais, e rapidamente faço uma translação desse fenómeno para um ambiente urbano. como será uma grande avenida invadida pelo caos natural? ... o alcatrão dobrado pelas raízes, musgo em todos os lados, os vidros partidos com animais a saltarem de um lado para o outro... ainda mais sombrio seria imaginar um incursão humana nesse ambiente, do estilo os-últimos-sobreviventes... lol... bem , já estou a divagar onde não devia, mas dava um bom filme, não?!?! pronto o orçamento deveria de ser um pouco elevado, mas poderia dar um bom filme!, não?!? talvez.

fica bem, abraço!

Miguel disse...

Acho um pouco arrogante ver o universo como a natureza e o Homem. O Homem é produto da natureza e consequentemente o que o Homem faz é... natural.

E "reequilíbrio natural que ocorre sempre que não hajam influências externas" soa um pouco estranho porque simplesmente o Homem não é externo aos processos naturais. Neste planeta faz parte dela.
A não ser que se considere que primeiro deus criou o universo (ie, a natureza) e depois criou o Homem como coisa independente do resto para habitar neste planeta. Pode ser válido, mas, como já referi acima, eu acredito mais que o Homem é fruto da evolução natural da vida na terra e, o que o Homem faz, é a natureza a continuar a evolução, só que desta vez pensada (por estruturas complexas naturais - os cérebros) do que simplesmente fruto de acasos de sucesso no meio.

Este livro parece-me portanto um desperdício de tempo, dado que é fácil imaginar tal retrocesso no processo natural deste planeta: seria simplesmente um local selvagem e desinteressante, especialmente porque não havendo Homens não haveria quem o pudesse desfrutar conscientemente.

Mas ler faz sempre bem :)

PS: E já agora, se não sabes, há quem ache mesmo que a raça humana foi a pior coisa que aconteceu a este planeta e que a única forma de salvar a natureza é aniquilar tal raça. Hehe, há malucos para tudo, não contem comigo!!

Ric Jo disse...

Tiagão, será que não daria um belo argumento para uma curta metragem...? ;)

Mikey... Isto é um daqueles assuntos bué complexos e dos quais gosto de te ouvir opinar pois tens um ponto de vista mais racional e, quiçá, fria. É claro que concordo que somos partes integrantes da natureza, portanto o nosso funcionamento, por esse prisma, terá de ser considerado também ele natural. Mas quando o autor fala desta forma, também consigo compreender o seu ponto de vista. Não creio que ele olhe para nós como algo extra-natural ou extra-natureza... Bem, isto é tão complexo que merece uns copitos de vinho e uma mesa de redonda... lol. Quem sabe se não já no sábado? ;)

Quanto à teoria da extinção da nossa espécie... nem vale a pena comentar!

Um bom livro acerca deste assunto e cuja leitura recomendo (que põe ou não em causa a forma de actuar da nossa espécie) é o livro Ishmael, de Daniel Quinn.

Pano para mangas, é o que isto é! lol